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Taxa de Ocupação do Subsolo: o que é e para que serve 

O planeamento urbano eficiente é essencial para o desenvolvimento sustentável das cidades, e a gestão do subsolo desempenha um papel crucial nesse processo. A taxa de ocupação do subsolo surge como uma ferramenta importante para arquitetos, urbanistas e gestores públicos, ajudando a equilibrar a necessidade de infraestruturas com a preservação do meio ambiente. Neste artigo, vamos desvendar os aspetos essenciais desta taxa, explicando a sua função, aplicações práticas e o impacto no desenvolvimento das cidades. 

O que é a Taxa de Ocupação do Subsolo? 

A Taxa de Ocupação do Subsolo (TOS) é uma taxa aplicada pelos municípios a empresas que utilizam o subsolo público para a instalação e manutenção de infraestruturas. Esta taxa é regulamentada pela legislação portuguesa e pretende compensar a utilização do espaço público subterrâneo, o qual é um recurso comum. Inclui uma componente variável, calculada com base no consumo de gás natural em kWh, e uma componente fixa, aplicada conforme o número de dias do período de faturação. 

Qual é o objetivo da Taxa de Ocupação do Subsolo? 

O objetivo principal da TOS é compensar os municípios pelo uso do subsolo público. Esse uso envolve custos de administração, manutenção e possíveis reparações das áreas ocupadas. A taxa também serve como um mecanismo para incentivar a utilização eficiente e responsável do subsolo. Ao cobrar a TOS, os municípios conseguem financiar a gestão e manutenção do espaço público, garantindo que ele seja usado de maneira sustentável e ordenada. A taxa assegura que os operadores de serviços considerem o impacto das suas infraestruturas, promovendo a implementação de soluções que minimizem os transtornos para os residentes e outras atividades ou o desenvolvimento de infraestruturas partilhadas. Além disso, a TOS contribui para a receita municipal e o financiamento dos respetivos orçamentos.

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Quem é que paga a Taxa de Ocupação do Subsolo? 

A TOS é paga pelos operadores de redes e infraestruturas que utilizam o subsolo público. Cada município define as taxas específicas, que podem variar conforme o tipo de infraestrutura, a área ocupada e a localização. A cobrança é efetuada conforme as regras estabelecidas pelos regulamentos municipais, que se baseiam nas diretrizes nacionais. 

Os valores cobrados são geralmente proporcionais à extensão e ao impacto da infraestrutura instalada no subsolo público. Assim, grandes operadores de redes podem pagar valores substancialmente mais altos do que pequenos operadores, refletindo a maior utilização do espaço público e o potencial impacto sobre a infraestrutura urbana. 

É possível simular a Taxa de Ocupação do Subsolo? 

Sim, há uma ferramenta disponibilizada pela ERSE que serve precisamente para fazer esta simulação e é de acesso livre. 

Desafios e considerações 

A implementação da TOS não está isenta de desafios. Alguns dos principais pontos de atenção incluem: 

1. Transparência na cobrança: é essencial que os critérios para a aplicação da TOS sejam claros e transparentes para evitar disputas entre municípios e operadores. 

2. Equidade: as taxas devem ser justas e proporcionais ao uso efetivo do subsolo, evitando sobrecarregar operadores ou infraestruturas de menor impacto. 

3. Cooperação entre municípios e empresas: a colaboração entre as partes interessadas é crucial para garantir que a TOS seja aplicada de maneira eficaz e que os benefícios sejam maximizados para a comunidade. 

4. Adaptação às mudanças: com a evolução tecnológica e as novas formas de uso do subsolo, como a instalação de redes de fibra ótica e sistemas de energia renovável, a TOS deve ser adaptável para continuar relevante e eficaz. 

A Taxa de Ocupação do Subsolo é um instrumento para a gestão urbana. Ela assegura que os operadores de infraestruturas que utilizam o subsolo público contribuam para a manutenção e administração das áreas ocupadas, promovendo uma utilização eficiente e responsável deste recurso. Com a regulamentação adequada e ferramentas de simulação disponíveis, a TOS também facilita o planeamento financeiro e operacional das empresas, garantindo que o impacto sobre o espaço público seja minimizado.

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