Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a União Europeia, os Estados Unidos da América e outros países reagiram com uma série de sanções contra o invasor, algumas dessas com impacto direto no fornecimento de energia. A estratégia é mais abrangente e tem como objetivo tornar o bloco europeu independente da Rússia em termos de energia, petróleo e gás natural.
As dependências de energia russa não são simétricas nos países europeus. No caso de Portugal, de facto, a Rússia chegou a ser o principal abastecedor de petróleo entre 2017 e 2018. Desde 2020, tem vindo a desaparecer da lista e, hoje em dia, segundo dados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), esse lugar é ocupado pelo Brasil e pela Nigéria.
Não obstante, nem todos os países tinham esta pouca exposição à energia russa, muitas das economias europeias estavam fortemente dependentes da Rússia em termos energéticos, como é o caso da Alemanha. Por isso, e para fazer face ao inverno, os vários países europeus tomaram medidas de poupança de energia, que vão desde a retoma das centrais a carvão – em substituição do gás natural – à iluminação pública.
Em 2021, o gás natural representou 24% do consumo de energia primária no nosso país, desses 24%, 53% destinou-se à indústria, 36% à produção de eletricidade e 11% para os restantes setores, como o doméstico. Por conseguinte, esta energia tem uma grande importância na cadeia de valor do país.
O Governo português, em sintonia com os demais países europeus, tomou uma série de medidas para diminuir o consumo de energia. O Plano de Poupança de Energia 2022-2023 contém medidas nas áreas da energia, eficiência hídrica e mobilidade. Estas medidas abrangem não apenas o setor público – a administração central e local -, mas também o setor privado (indústria, comércio, serviços e residencial). Contém medidas recomendadas e obrigatórias, sendo o setor público mais abrangido por estas últimas, e, em função das medidas, o prazo de implementação varia entre 3 e 12 meses.
O objetivo solidário voluntário passa pela redução de 15% de energia entre 1 de agosto de 2022 e 31 de março de 2023. Ou seja, para conseguir este desígnio, o consumo de gás natural não poderá ser superior a 3.386 milhões de metros cúbicos (mcm), durante este período, o que se traduz numa redução de 598 mcm face aos últimos 5 anos.
A Repsol não comercializa nenhum plano com gás natural apenas, no entanto, na contratação do Plano Viva, eletricidade 100% renovável e gás natural, terá a previsibilidade de pagar o mesmo pelo kWh durante 12 meses, mesmo que os preços da energia nos mercados grossistas subam.
Para além disso, e como não é apenas os preços do gás natural e da eletricidade que têm subido nos últimos tempos, na contratação deste Plano Viva poderá usufruir de descontos em outras energias, como os combustíveis e o gás embalado.
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