Foram aprovados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) uma série de novos regulamentos para o setor elétrico, que abrangem alguns dos principais comercializadores de eletricidade do país. Os regulamentos definidos pela ERSE visam garantir a eficiência do setor energético, garantido a sua sustentabilidade a longo prazo. Depois da análise da legislação e de consulta pública, bem como da respetiva análise dos comentários recebidos, a ERSE dispõe das informações necessárias para avançar com as devidas recomendações que tornem o mercado elétrico, segundo o regulador, mais competitivo, salvaguardando os interesses dos consumidores.
Assim, de entre as novas medidas adotadas está a obrigatoriedade de os comercializadores de maior dimensão passarem a disponibilizar aos consumidores tarifários indexados ao mercado grossista, para além das ofertas de preço fixo. Neste artigo, fique a saber tudo sobre em que consiste esta alteração, quais os motivos que levaram a esta mudança, bem como que comercializadores estão abrangidos pela nova legislação.
O novo regulamento de relações comerciais, aprovado pela ERSE (depois de uma consulta pública que ocorreu entre 28 de março e 31 de maio), estipula que, no prazo de 90 dias após a publicação em “Diário da República”, os comercializadores com mais de 50 mil clientes “devem disponibilizar ofertas com preço fixo e também ofertas indexadas".
Esta obrigatoriedade surgiu com o objetivo de incentivar um novo paradigma para o setor, assente num modelo que promove uma maior descentralização, e que permite “enquadrar a produção local, as soluções de autoconsumo, a gestão ativa de redes inteligentes e assegurar a participação ativa dos consumidores nos mercados de eletricidade”. Isto com o propósito principal de favorecer a transição energética e de responder aos novos desafios por parte de consumidores cada vez mais exigentes e atentos.
As empresas comercializadoras beneficiam destes termos, vinculativos, de caráter obrigatório, nomeadamente, porque os regulamentos harmonizam o mercado, oferecem previsibilidade e estabilidade ao setor e podem ainda permitir a definição de cálculos e proveitos das empresas.
Também os consumidores encontram neste tipo de regulamentos emitidos por entidades reguladoras, benefícios, uma vez que são considerados fundamentais na garantia dos direitos dos consumidores, protegendo os seus interesses em relação a preços, serviços e qualidade dos mesmos.
A ERSE identificou uma série de mais-valias das tarifas de eletricidade indexadas para os consumidores e respondeu afirmativamente à procura considerável por esta solução no ano de 2023. A Repsol já disponibiliza esta solução para os seus Clientes desde o final de 2022, sendo, inclusive, a única empresa que disponibiliza uma tarifa dinâmica com vantagens multienergia do mercado.
Existem outras empresas que disponibilizam tarifas de eletricidade indexadas. Poderá consultá-las no próprio website da ERSE, mas tenha em consideração a fórmula da composição do preço da tarifa indexada de cada uma delas, assim como potenciais vantagens que não estão espelhadas, como é o caso das vantagens multienergia dos Planos de Eletricidade e Gás da Repsol.
É importante distinguir, como faz a ERSE no documento, a diferença entre tarifa indexada e tarifa dinâmica, uma vez que as obrigações das comercializadoras são distintas entre uma e outra.
Estas ofertas diferenciam-se, entre outros aspetos, pelo valor horário do preço marginal cobrado aos consumidores ou, por outras palavras, o período temporal em que a energia é cobrada. O regulador, no novo documento, faz uma distinção entre as diferentes tarifas indexadas, por assim dizer, pois considera apenas dinâmica a tarifa em que o preço é calculado com base na média de cada hora.
Porém, realça que apenas aqueles consumidores com contadores inteligentes poderão usufruir desta oferta, isto porque apenas este tipo de contador permite este dinamismo (hora a hora) de leitura.
A introdução destas ofertas, tanto de tarifa indexada como de tarifa dinâmica, deverá ser benéfica para os consumidores, uma vez que:
Estes novos regulamentos (que entram em vigor em 2024) aprovados pela ERSE trazem mudanças para os consumidores, mas também representam mudanças significativas para os grandes comercializadores:
Estão abrangidas por estas novas normas a grandes comercializadoras, que deverão, a partir de 2024, de prestar todos os esclarecimentos prévios aos seus clientes, desde informações sobre vantagens, custos e riscos associados a estes contratos de eletricidade.
Se acredita que este tipo de oferta é vantajoso para si, não necessita de esperar até 2024, uma vez que a Repsol já contempla no seu portefólio uma tarifa de eletricidade 100% indexada. Poderá ter acesso a um resumo dos últimos meses, assim como seguir, regularmente, o preço dos mercados.