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Parques fotovoltaicos em Portugal. Como operam e quantos existem?

A estrutura e tecnologia dos parques fotovoltaicos 

Os parques fotovoltaicos são instalações de grande escala destinadas à produção de eletricidade através da conversão da luz solar em energia elétrica. Em Portugal, a estrutura e a tecnologia dos parques fotovoltaicos refletem um avanço significativo no setor energético, impulsionado pela abundância de radiação solar e pelo compromisso nacional com a transição energética. 

A estrutura de um parque fotovoltaico inclui uma vasta área coberta por painéis solares, também conhecidos como módulos fotovoltaicos, que são compostos por células solares de silício. Estas células são responsáveis pela conversão direta da luz solar em eletricidade através do efeito fotovoltaico. Os painéis são montados em estruturas de suporte que podem ser fixas ou móveis, permitindo a orientação dos módulos para maximizar a captação de luz solar ao longo do dia. Também se começa a fazer a instalação sobre plataformas flutuantes, nomeadamente em albufeiras de barragens. A tecnologia utilizada nos parques fotovoltaicos inclui inversores que transformam a corrente contínua (DC) gerada pelos painéis em corrente alternada (AC), que é compatível com a rede elétrica. Além disso, sistemas de monitorização e controle garantem a operação e a manutenção, minimizando falhas e otimizando a produção. 

Localização e capacidade instalada nos parques fotovoltaicos em Portugal 

Portugal é um país privilegiado em termos de radiação solar, especialmente nas regiões sul e interior, o que o torna um local ideal para a instalação de parques fotovoltaicos. A distribuição geográfica destes parques é estrategicamente alinhada com os níveis de insolação, com a maioria da capacidade instalada localizada nos distritos de Faro, Beja e Setúbal. São cerca de 160 parques fotovoltaicos operacionais, com 45 deles acima de 5 MW, com uma capacidade instalada total a rondar os 3,9 GW (dados de 2023), contribuindo significativamente para a matriz energética nacional. 

Os parques fotovoltaicos estão geralmente situados em áreas rurais ou semirrurais, onde o impacto visual e ambiental é menor, e a disponibilidade de grandes extensões de terra é maior. A escolha das localizações também considera a proximidade a pontos de conexão com a rede elétrica nacional, reduzindo os custos e as perdas associadas à transmissão de energia. 

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Impacto energético e benefícios no setor energético 

A contribuição dos parques fotovoltaicos para o setor energético português é notável. Em 2023, a energia solar representava cerca de 13,6% da produção elétrica total do país, um aumento significativo em comparação com os anos anteriores. Este crescimento é impulsionado tanto pela política energética nacional quanto pelos investimentos privados no setor. 

Os benefícios dos parques fotovoltaicos são múltiplos: 

  • Ajudam a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a aumentar a segurança energética. A produção de energia solar é limpa e renovável, o que significa que não emite gases de efeito estufa durante a operação, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. 
  • Geram postos de trabalho e promovem o desenvolvimento económico local. Desde a fase de construção até a operação e manutenção, estes projetos criam oportunidades de emprego em várias áreas, incluindo engenharia, construção civil, e serviços técnicos. 
  • Diversificação da matriz energética, que torna o sistema elétrico mais resiliente às flutuações nos preços dos combustíveis fósseis e a interrupções no abastecimento.  

A integração da energia solar na rede também promove a inovação tecnológica, incentivando o desenvolvimento de soluções avançadas para armazenamento de energia e gestão da rede elétrica. 

Desafios, oportunidades e futuro 

Apesar dos muitos benefícios, o desenvolvimento de parques fotovoltaicos em Portugal enfrenta alguns desafios. Um dos principais é a integração da produção solar na rede elétrica, que exige investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia para garantir a estabilidade e a qualidade do fornecimento de energia. A intermitência da energia solar, devido às variações climáticas e ao ciclo diário, requer soluções avançadas de armazenamento e gestão da demanda. 

Outro desafio é a concorrência pelo uso da terra, especialmente em regiões com alto potencial agrícola. A ocupação de grandes áreas para a instalação de painéis solares pode gerar conflitos de uso do solo, que precisam ser geridos de forma equilibrada para garantir a sustentabilidade dos projetos. 

No entanto, as oportunidades são vastas. O avanço das tecnologias de armazenamento de energia, como baterias de lítio e outras formas de armazenamento, promete aumentar a viabilidade e a eficiência dos parques fotovoltaicos. Além disso, a crescente procura por energia limpa, impulsionada por políticas ambientais e pelos compromissos internacionais de redução de emissões de carbono, continua a fomentar o investimento no setor. 

O futuro dos parques fotovoltaicos em Portugal parece promissor. As metas ambiciosas revistas no Plano Nacional de Energia e Clima 2030 incluem aumentar a capacidade instalada de energia solar entre 2025 e 2030 de 8,4 GW para 20,8 GW, de acordo com os planos governamentais. Este objetivo posiciona Portugal como um líder na transição energética e na adoção de energias renováveis. 

Os parques fotovoltaicos em Portugal desempenham um papel fundamental, contribuindo para a segurança energética, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento económico. Com uma crescente rede de instalações, Portugal avança rumo a um futuro mais verde e autossuficiente em energia  

Com a progressiva diversificação das fontes que compõem o mix energético nacional, a tendência é de descida do preço e neste período de transição é essencial a combinação das várias opções disponíveis, para assegurar uma mudança suave e capaz de manter a segurança do fornecimento. A Repsol disponibiliza diversos planos capazes de se adaptarem às suas necessidades, nomeadamente através das vantagens multienergia.