Se tem uma viatura elétrica, o termo Mobi.E não será novo, uma vez que esta empresa pública, criada em 2015, para ser a Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME) de Portugal, é responsável por toda a rede de postos de carregamentos públicos.
Ora, se a Mobi.E é a entidade gestora da rede de mobilidade elétrica em Portugal, por certo que quererá saber como funciona, mesmo que não tenha uma viatura elétrica. Neste artigo, explicamos como funciona a rede de carregamentos da Mobi.E, bem como qual a diferença entre esta e outras redes.
A rede Mobi.E é a rede pública de postos de carregamento para viaturas elétricas (PCVE), o que quer dizer que todos os veículos têm acesso, independentemente do Operador de Ponto de Carregamento (OPC) ou Detentor de Ponto de Carregamento (DPC) que decidam carregar o veículo.
Contudo, para poder usufruir desta rede é necessário um contrato com um Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), ou seja, um cartão CEME. Apesar de necessitar de ter um contrato com um CEME, não quer dizer que tenha que recorrer a um Posto de Carregamento de Veículos Elétricos (PCVE) da mesma empresa que tem contratualizado o cartão CEME, até porque esse mesmo comercializador pode não ser um OPC. Confuso?
De uma forma simples, basta ter um cartão CEME para carregar a sua viatura elétrica na rede da Mobi.E. Por conseguinte, esta rede tem um papel dinamizador e impulsionador na Mobilidade elétrica em Portugal e na transição energética, uma vez que liberaliza o acesso aos carregamentos elétricos.
Como já vimos, a rede Mobi.E é uma rede pública de carregamentos espalhada por Portugal inteiro. Apesar de os carros elétricos já terem bastante autonomia, é necessária uma rede estruturada de postos de carregamento para que a Mobilidade Elétrica seja uma verdadeira alternativa de mobilidade.
A rede Mobi.E, apesar de pública, tem custos, seja os do OPC, seja os referentes ao preço da energia contratualizada com o CEME. Uma vez que a fonte de energia utilizada é a eletricidade, uma energia que é acessível a todas as pessoas, é possível, com o equipamento correto e seguindo determinados requisitos, carregar um veículo elétrico em casa ou num outro local privado, como, por exemplo, nas instalações de uma empresa. Nestes casos, podemos dizer que a rede não é pública, ou seja, da Mobi.E, mas uma rede privada, sendo que os custos referentes a um OPC ou a um CEME já não se aplicam. Apenas irá pagar o custo da eletricidade, sendo que também aqui poderá tomar boas decisões e escolher um Plano de Eletricidade que responda aos seus hábitos de consumo.
Já vimos que na rede privada apenas paga pela energia, no entanto, na rede Mobi.E deverá ter em consideração outros fatores, entre eles, como vimos, o contrato com o Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e o preço cobrado pelos Operadores de Pontos de Carregamento (OPC).
Quando celebra um contrato com o CEME, fica definido o valor que lhe será cobrado pela energia utilizada nos postos de carregamento da rede, esse contrato poderá definir o custo por kWh consumido ou um preço mensal fixo. Por outro lado, o custo do OPC é definido por este. O operador pode cobrar pelos kWh utilizados, ou até mesmo pela ativação do serviço e, ainda, limitar o tempo de cada carregamento. A definição destes valores é da total responsabilidade do operador, sendo que podem variar de posto para posto, dependendo da procura por parte do consumidor.
Em todo o caso, todos os valores cobrados pelos operadores são públicos e poderão ser consultados no website da Mobi.e.
De uma forma suscinta, para poder usufruir da rede Mobi.E, necessita:
Os veículos elétricos trazem imensas vantagens, não apenas ambientais, e, para além disso, são disponibilizados diversos apoios e incentivos. No entanto, como vimos neste artigo o facto de existir uma rede pública de postos de carregamento para viaturas elétricas, é um grande impulso à transição para a Mobilidade Elétrica.